A taxa básica de juros vem caindo em 2017 e pode continuar neste ritmo até o ano que vem. O boletim Focus de junho, apresentado pelo Banco Central, previa taxa Selic de 8,5% para os dois anos. O relatório de 14 de julho, no entanto, apontou expectativa de queda, com 8% de Selic.
O mercado imobiliário tem recebido de forma positiva esta notícia, já que é um dos menores patamares desde 2015, resultando em financiamentos bancários mais acessíveis, aumentando o poder de compra dos consumidores e a capitalização das empresas do setor imobiliário para apostarem em novos lançamentos.
A taxa Selic, sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, mexe com o mercado. Mas por que isso acontece? A questão é simples: como é uma taxa de juros referência para economia brasileira, se ela cai, todos os bancos também diminuem os juros nos financiamentos, o que impulsiona os empréstimos para quem pretende comprar um imóvel.
Com juros baixos, o retorno para quem tem dinheiro aplicado em fundos de investimento passa a não compensar, porque a correção é menor. Ou seja, desestimula essas pessoas a deixar valores guardados – e a compra de imóveis se torna mais atrativa, já que é um investimento.
“O Mercado Imobiliário vive um momento de leve recuperação, principalmente nos últimos 2 meses, junho e julho, sendo que os empreendimentos que já foram lançados foram suficientes para falarmos em sucesso de vendas.
Os lançamentos que foram refreados no primeiro semestre de 2017, vão ser lançados agora no segundo, com uma demanda reprimida, como casal novo e família morando de aluguel, além de voltarem as vendas de 3 dormitórios com metragem maior, pois nestes últimos anos muitos optaram por apartamentos menores e mais baratos e agora pretende fazer um upgrade.
Os estoques em geral em todo ABCDM diminuíram significantemente devido à queda das taxas em geral, principalmente a SELIC. Estamos confiantes!”, conta Robson Marlboro, diretor comercial da Fernandes&Fernandes.
De acordo com o Índice FipeZAP Comercial, houve um novo recuo nos preços dos imóveis em junho, o que fez com que os m² terminassem o primeiro semestre de 2017 em queda, sendo os imóveis que estavam destinados à venda, queda nominal de 0,10%.
Se considerarmos os últimos 12 meses, os preços nominais de venda recuaram 4,34%.
Com informações ZAPPro e Exame.
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